inclusão ... dificil mas urgente...
Incluir é demasiado importante... urgente... mas muito difícil.
Todos os intervenientes e estudiosos da inclusão na vida activa, revelam os mesmos receios e algum desconforto.
A sociedade não está á preparada para receber de novo os indivíduos que falham e estes por sua vez não estão preparados para serem recebidos friamente.
A falta de trabalho ou a falta de pessoal especializado, dificulta a inclusão, senão a olharmos como um plano de construção vitalício a nível humano e individual.
A recuperação de indivíduos, que temporariamente se auto-marginalizam , torna-os menos sequiosos de inclusão, por isso mesmo mais violentos agasalhando um manifesto desinteresse.
Alguns dos que desejam muito, serem reinseridos na sociedade, não se despem de algum egoísmo e agridem para se defenderem...
Em geral não têm hàbitos de trabalho disciplinado e não concorrem para o engrandecimento de si próprios.
Por sua vez, a sociedade explora o propósito, não permitindo o retorno à normalidade, de indivíduos, que, se forem ajudados, mais tarde se mostram úteis e muito responsáveis.
A vitimização, por parte de alguns, que se demoram mais tempo em regime de exclusão, leva-os a aceitarem como vitalícia a forma subsidiária de viver... não progridem e se revelam contrários a todas as regras de sociabilização.
Actualmente, não só os indivíduos sem escolaridade estão excluídos, mas já começam a acontecer os casos de indivíduos com escolaridade obrigatória e outros com frequência de cursos superiores a temerem a exclusão... porque o mercado de trabalho não os aceita, gorando todas as possibilidades de realização.
Palmilhar um caminho árduo de autopromoção a nível universitário e mais tarde não encontrar espaço onde aplicar o que aprendeu, é muito preocupante e conduz a auto estima a situações de verdadeira catástrofe.
Lamentávelmente, a droga, o álcool e o suicídio, tem finalizado alguns casos de que tomamos conhecimento.
É essencial que os governos se debrucem sobre a exclusão, a estudem com caridade e inteligência, para aprenderem a falar de inclusão.
A desestruturação, quiçá a morte da célula familiar, tem sido também a grande responsável pela exclusão atirando para a rua, principalmente os homens e mais tarde os filhos jovens do sexo masculino, já que as mulheres e os jovens do sexo feminino são praticamente ajudadas pelos outros familiares.
Se todas as religiões se despreocupassem da intenção de criar prosélitos e apenas educassem as atitudes de cada um, estariam a contribuir fortemente para a reeducação familiar evitando assim a proliferação de tantos pólos fomentadores dessa mesma deseducação.
Sendo que, as instituições são o espaço que mais perto e mais rapidamente chega junto dos que mais precisam de apoios, deveriam fomentar encontros sistematizados e na
temática educacional, para que, assim e em conjunto, prestassem à sociedade relevantes serviços que focassem essencialmente o crescimento moral e cívico da mesma.
Sem futurismos exacerbados; - se em breve os governos não se debruçarem de forma agressiva sobre a exclusão, no sentido único do não alastramento da mesma, em breve terão muito que lamentar.
Teremos muito em breve um país envelhecido, sem braços para trabalhar, sem imaginação e sem critérios de escolha.
Tudo isto nos tornará mais dependentes economicamente de outros países...
Portugal aprenderá que viver, será bem mais difícil... para não falarmos na aculturação da sua génese, que inevitavelmente, acaba por esquecer as suas origens adaptando-se ao meio importado de forma tão irresponsável.
Quem sabe se a inclusão, não passará também por uma educação a nível governamental e uma revisão mais apurada dos programas eleitorais que nada trazem de novo e se desviam sistematicamente dos oibjectivos e necessidades nacionais, evocando fundamentos em recursos inexistentes ou desculpismos económicos atribuídos ao relacionamento europeu.
Descomandados na arte de inserir é urgente que o façamos para tomarmos o leme de tudo isto.
Como dizia Confúcio “educai as crianças!, para que mais tarde não tenhais que castigar os homens”.
Uma sociedade mais próspera e feliz, não pode sistematizar a inclusão.
lasalete