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Crónicas d'O Coração da Cidade

a instituição que o povo do Porto elegeu para si ...

Crónicas d'O Coração da Cidade

a instituição que o povo do Porto elegeu para si ...

as nossas torres gémeas...

 

 

 hoje em dia muito se fala de: ver o mundo com outros olhos...

 

no final de contas, todos estamos á espera que assim seja …

que o mundo, composto das pessoas que nos rodeiam de mais perto, passe a ver o mundo com outros olhos, que haja dentro de cada um essa capacidade, que já se vende por aí, na comunicação social, nos consultórios de psicologia e de psiquiatria, nas medicinas alternativas e nas alternativas que vão alternando por aí supostamente documentadas... enfim, toda a gente parece aparentemente preocupada com um mudança profunda, que vai ter efectivamente que acontecer no seio desta massa humana, deste maravilhoso século de vida...

 

mas já vai sendo exigido a cada um de nós o desmoronamento das nossas torres gémeas, o descair de uma vez por todas do ORGULHO e do EGOISMO, que teimam em se manter de pe´...

 

esses monumentos monstruosos, que têm dizimado as nossas relações pessoais e que têm avolumado os nossos dramas humanos, tem-se mantido exactamente, porque teimamam em sustentar de qualquer modo e bens firmes esses monumentos emocionais...

 

numa patética relação de aparente bem estar, a vida vai-se entregando de forma grotesca ao polir constante dos vitrais das nossas torres temperamentais...

 

a infiltração que de uma forma ou de outra a vaidade vai forçando, não tem constituído em nós possibilidade de mudança interior...

 

a quase certeza de que um dia tudo vai ser diferente, ainda não aconteceu verdadeiramente ... e não acontece porque ninguém tem coragem de abdicar do EGO …

 

numa pútrida procissão de aparentes poderes sobre a vida dos demais, sob o palio político, as personagens sucedem-se e vão matando as esperanças, muitas vezes alimentadas á custa de muitos sacrifícios...

 

porém,  um outro facto se sobrepõe, merecendo a nossa atenção...

hoje em dia em quem podemos confiar?...

muitos dizem ( em ninguém ), eu porém, atrevo-me a dizer... ( em toda a gente )... devemos confiar em toda a gente sim, mas  só temos é que saber usar de uma ferramenta que não entrava nos nossos hábitos de relação ( a prudência)... e a prudência tem a ver com a possibilidade de também salvaguardarmos as nossas relações...

não franquearmos a porta seja a quem for, por amizade, por alegria, por desleixo, por inabilidade relacional...

mantermos a nossa vida, não fechada a sete chaves, mas mantermos a nossa vida num regime de normalidade construtiva...

 

hoje em dia, é necessário aprender a construir amizade, relação de  proximidade que inspira franqueza...

hoje em dia é necessário não querer muitos amigos, mas conservar em nosso redor, amigos... mas amigos, que não fiquem perto de nós por interesse…

mas aqui aparece um outro drama … o mais problemático acontece: - como vamos descobrir a janela da incondicionalidade ?...

 

perguntemos: como nos vêem afinal esses amigos?, que nós estamos a querer conservar?...

 

essa é a parte mais difícil da relação de qualquer ser humano…

por isso mesmo, ponderemos, para que não nos surpreendam  as torres gémeas de que falei e que nos parecem engolir, quando de repente as vemos, nitidamente, numa discórdia, numa dissolução de amizade, inesperadamente, que põe a nu o que nós não queríamos ver...

 

o mundo neste momento, precisa de entender, que as nossas torres gémeas estão ainda erectas, acima de qualquer suspeita e que um dia vão ruir...

 

estamos sempre a ver quando é que os poderosos caem, mas atenção, até o mais pobre pode ter ascendência sobre  outro mais pobre ainda…

 

orgulho e preconceito, nada tem a ver com classe social...

 

estamos todos a tentar comunicar de forma mais directa, mas a prudência nos vai ensinar a construir em nosso redor, em verdade um mundo mais justo, mais franco, mais disponível ás boas práticas de relação pessoal...

é só esperarmos que se acalme o mundo, que neste momento se movimenta convulsionado, ainda dentro das grandes e graves preocupações materiais...

 

 

o homem do século passado construiu e alimentou o monstro que agora o quer devorar... o capitalismo e o seu filho ( o consumismo)... agora tem que saber como os pode parar... sempre dissemos que a educação tinha que vir a seu tempo...

hoje somos mal educados por conta própria...

vamos ser forçados a separar o supérfluo e o necessário…

 

num tempo em que se fala tanto de formação, temos que formar e não formatar,  com urgência, espíritos mais sensíveis, mentes mais correctas, mais humanas,  para que o mundo não seja a cada dia que passa , o mar de tragédia que temos observado nas noticias de todo o mundo...

 

um inferno, ou um purgatório, quase considerado de alienados mentais, consomem para se consumir , e quando não o podem fazer partem para o confronto directo com o mundo que os rodeia ...

 

avançar em moldes mais concretos, diferentes, construindo uma sociedade mais justa e mais inteligente, só tem um caminho:

( que cada um derrube as suas torres gémeas... e se levante após, com humildade suficiente, e prossiga com uma preocupação crescente, colaborar com o resto do mundo…)

 

 

 

uma boa semana de trabalho... um grande abraço

 

 

 

lasalete

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