dia dos namorados ou dia do amor?...afinal em que ficamos?
dizem por aí à boca cheia que é dia dos namorados...
as montras são sugestivas...
as ementas nos restaurantes são de grande energia alimentar e as camas nos hoteis são feitas com grande cuidado, muito charme e extremamente convidativas para o amor...
dizem que todos viemos a esta vida à procura do amor...
como é triste nem todos os namorados saberem amar...
mas, mais triste é que nem todos sobre a Terra tiveram a sorte de ser amados, e partem deste mundo sem conhecerem o amor de ninguém...
nesta solidão kármica ou programada, escondem-se muitas vezes os medos ancestrais, de amores sofridos, vividos em outras vidas, e que deixaram marcas bem vincadas dentro da alma...
a mente reage fugindo, ou cortando a hipótese de uma aproximação...
é possível descobrir estas almas, fugindo do diálogo, quando se fala de amor, virando para o lado o rosto quando descobrem carinho entre os amigos ou familiares, coram ao menor gesto de ternura , mas sobretudo fogem como podem do amor...
impossível é descobrir se magoaram estas almas ou se foram elas que magoaram aqueles que as amaram...
mas um dia, vão descobrir que amar é bonito, belo demais, mesmo que não seja para a vida toda, como dizemos de todas as vezes que nos apaixonamos...
e sempre que o fazemos nós experimentamos aquele friozinho na barriga que nos diz que a paixão veio para ficar...
seja ela proibida ou não, quando chega, deixa tudo em revolução... e assim surgem os namorados...
olham-se como se fossem duas estrelas de frente uma para a outra, brilham em silêncio...
depois falam como se fossem passarinhos a cantar...
quando se tocam, finalmente parecem vulcões explodindo, e nessa catarse de amor quase todos acreditam que esse momento será eterno...
só há um erro no amor ( todos devíamos casar primeiro) para por fim terminarmos a namorar, e então sim... talvez o amor fosse eterno...
até lá, vamos tentando, dividindo o coração, ouvindo aquela canção que é só nossa, alimentando a ilusão de que somos apenas nós a dançar, a patinar, a nadar, a viver, na mente daquele que um dia nos disse quase a medo, ( EU AMO-TE) ...
lasalete...