O natal no Coração da Cidade começa a desenhar-se...
subordinado ao tema " Natal sem solidão " , este ano esta quadra vai vestir o manto do aconchego inesperado, já que muitos dos que procuram a instituição, não são os sem abrigo habituais, mas as almas em situação de dolorosa solidão, que espelha uma pobreza inesperada e desesperante...
o estar só , sem emprego, sem dinheiro, sem amigos e muitas vezes sem família...
o caminhar numa estrada que parece não levar a lado nenhum...
o estar vivo e às escuras... enquanto se discute o desfalque de milhões e reestruturação e subsídio dos bancos, as despensas continuam vazias, na casa de gente anónima, que no fundo, ajudou a sustentar de alguma forma os lucros chorudos de entidades bancárias que neste momento não se preocupam em criar um fundo social de emergência para a fome como lhes competia, já que lucram demasiadamente, mas com vergonha exacerbada a ainda assistimos à declarada petulância de terem que ser os contribuintes a pagarem a enganosa gestão...
O Natal sem solidão no Coração da Cidade, continua a contar com a boa vontade de todos os que apesar da crise ainda distribuem migalhas de amor por aqueles que nada possuem e que de tudo necessitam...
os voluntários do coração, são todos os que diariamente nos contactam para saber da instituição e nos visitam levando a sua generosidade, de todas as formas, mesmo num sorriso e num abraço, numa palavra amiga que diz tudo em poucos segundos e nos fortalece para as tarefas do dia a dia...
ninguém tem que ficar sem Natal e sem família , já que a família do Coração da Cidade é a família de toda a gente e dentro das nossas portas é sempre Natal...
Natal sem solidão, será um abraço que irá estreitar diferentes corações em nome de Cristo...
junte-se a nós as inscrições já começaram... para quem vem receber e para quem vem doar o seu tempo...
os componentes necessários para fazer da noite de 28 de Novembro uma noite solidária, onde a alma do povo nortenho e não só, dá as mãos para ajudar O Coração da Cidade...
sempre que é necessário ajudar, a solidariedade reúne muitos corações...
assim num magusto solidário, onde a degustação de alguns pratos regionais, confeccionadas pelos voluntários do Coração da Cidade farão as delícias dos convidados, nós estaremos com algumas vozes do norte e o fado e a poesia serão uma constante...
amar por amar é fácil de mais...
amar à moda do norte ... é sempre amar por demais...
se por acaso quer associar-se à nossa causa é só marcar lugar ...
na alma de toda a gente, está a alma dum povo que somos nós ... e que se quer mais do que nunca, unido e solidário...
com toda a clareza, assistimos hoje em dia a situações mais ou menos caricatas e algumas até de carácter duvidoso e lamentável...
quem vive à sombra de tudo o que propositadamente durante largo tempo se mantém oculto?...
ouvir noticiar a nacionalização de um banco, dei comigo a pensar ?????...
e se nacionalizassem a pobreza e tomassem para si os custos elevadíssimos de tantos aflitos , de tantas pessoas sem abrigo e de tantas famílias que não sabem como sobreviver, em vez de deixarem nas mãos das instituições tantos problemas, que caberia por inteiro ao próprio estado, ajudar na integra, sem o carácter subsidista com que remata todas as aflições de forma tão célere...
mas se todos nós lutássemos para nacionalizar o amor, a paz e a compreensão, tornando estes sentimentos coisa de todos nós e nos entregássemos por inteiro à participação activa que a todos diz respeito , mas que por egoísmo incompreensível teimosamente colocamos de parte...
se todos sem excepção tomassem para si o rumo da vida de sorte que a felicidade na Terra fosse uma realidade ... como tudo seria diferente...
nacionalizasse apenas o que de modo indirecto vai continuar a favorecer uns quantos e não se prevê o futuro ajudando aqueles que trabalharam uma vida inteira e agora se sente traídos e defraudados nas suas expectativas...
acordar para viver em paz é o que neste momento é necessário a todos nós e teimemos então nacionalizar o bom senso , que quer queiramos ou não á a nacionalização mais premente e de certeza que estamos todos à espera que aconteça...
bom senso para quem governa, para quem é governado e para quem faz oposição neste país...
não existem salvadores pátrios... teremos que ser todos nós... portugueses... homens e mulheres deste tempo... e de modo particular a adoptar medidas consensuais, para que a vida se apresente de facto em mais franco perspectiva...
arrumemos a nossa casa mental e com fé no futuro, aprendamos a conduzir o nosso destino, com mais compreensão e sobriedade, sem exageros, mas com garra...