a poesia no olhar
Ainda sobram maneiras...sorri um tanto apressada,
como quem rasga a fronteira...duma alma torturada...
Pede com graça tamanha...sempre a esboçar um sorriso
que na surpresa de garça ...tem asas de paraíso.
Negra, tão negra que pena...seus olhos são de paixão
tem a alma de açucena,não há razão p'ra ser negra ou ser negra á opção...?
Passa bailando de graça,suspensa no seu andar...
que perto dela quem passa, já não tem graça ao passar.
Não tem nome de flor, não tem motivo p'ro ter...
mas tem na voz o motivo, pra ter nome de mulher.
Maria...? Mariazinha ...?,olha assustada de encanto,
volta o rosto, ri serena, com a alma de açucena e o lhar cheio de pranto.
A pobreza também pode ser poema... aqui está o jeito e a graça de quem veio atá nós pela estrada da indiferença e diáriamente se desdobra em poesia. Bem haja por nos ter dado a possibilidade de a conhecermos
lasalete