longe vai o tempo em que para receber ajuda, os mais pobres tinham que ser muito pobres, muito sujos e muito esfarrapados...
é necessário mudar o paradigma e abençoar as boas práticas de voluntariado activo e plenamente solidário...
hoje em dia, tudo muda ao momento e o rosto da pobreza também mudou...
" JÁ NÃO POBRES" como antigamente?... por certo que os há...
mas as famílias que abordam O Coração da Cidade solicitando ajuda, empobreceram pelos mais variados factores...e desses factores, nós temos descartar a pobreza governamental, a ruina das estruturas sociais que se sentem incapazes de oferecer planos de paz laboral a quem investiu, muitas vezes, tudo o que tinha para ser gente com LETRA GRANDE...
este novo programa social, funcionará no sentido da resiliência, e na reestruturação familiar , para que os cidadãos inseridos no programa possam abraçar uma vida mais saudável a todos os nivéis...
todo o cidadão que recebe auxílio, dá de si mesmo, contribuindo também com o seu tempo solidário...
a participação de todos nós no amparo a uma sociedade mais justa, é um dos pontos deste programa...
educar para a cidadania é urgentíssimo...
por tudo isso apelamos a todos os cidadãos de boa vontade que se juntem a nós, para ser sempre possivel ajudar sem que tenham que esmolar...
Se há cinco anos atrás disséssemos que em Londres tudo quanto estamos assistir iria acontecer, ninguém acreditaria...
Logicamente que a nossa voz não chegou a Londres, mas por aqui, no espacinho á beira mar plantado a que pertencemos, já fomos alertando de que se não pusessem mão sobre a juventude … isto mesmo, aqui, poderia acontecer...
A juventude e não só está á beira de um ataque de nervos...
Mas será que estão sem esperança?...
O grande perigo, prende-se com a falta de legislação que não consegue conter o consumo excessivo, não educou a juventude para que o trabalho fosse valorizado e acima de tudo não se encarregaram os pseudo sábios de educar segundo as capacidades e anseios de cada um...
Todos formam doutores e ninguém se preocupa em formar operários, gente que trabalhe e se orgulhe da sua profissão, que pretenda prosperar através do seu esforço e não de práticas abusivas e contrárias aos bons princípios da sociedade ...
Em quase todos os países sempre se preocupam em ganhar eleições e os senhores do poder se passeiam para mostrar de sobremaneira a sua suposta democratização...
Mas ignoram que quase todos eles estão a governar sobre um barril de pólvora e pelas imagens que pudemos ver, a juventude já não mostra medo de ninguém e pretende fazer vingar a sua opinião...
É necessário criar leis que não tragam a reboque os grandes senhores do poder económico, mas que ajustem os tempos de todos nós, não á miséria mas á prosperidade e que ajudem o mundo a pensar...
A Europa ainda não viu uma pequena parte de tudo o que é possível de acontecer , se não recuarem nos seus nefastos métodos financeiros e nos seus pouco convincentes meios e estudos económicos...
A necessidade de viver em paz também faz parte da juventude...
Mas atendamos ao seguinte, é que em todo este cenário de insubordinação, ocultos estão outros senhores que não são jovens e empurram os jovens para a linha da frente...
É necessário salvar o mundo europeu duma guerra civil e não é com as medidas de austeridade que ninguém está disposto a pagar...
Não podemos pôr a falar quem é mudo, nem a ver quem é cego...
Alimentamos todas estas mentes com tudo o que era negativo e agora queremos retirar deles acções justas e honestas, quando nós mesmos os mais adultos, fomos desonestos com esta geração...
Eles não se sentem donos de nada, muito menos do futuro e por isso mesmo destroem e não olham a meios para atingir os fins...
Vivem em guetos e se as cidades se destruírem, nem se importam… eles entendem que as cidades servem apenas os mais ricos e como eles são desfavorecidos há que partir e destruir, e disso tudo nem pena lhes fica...
Talvez ainda possamos ajudar a juventude, senão a inglesa, quem sabe em Portugal possamos fazer alguma coisa...
É necessário avançar com medidas de maior justiça social e evitar que os mais carenciados entrem em pânico... quem os deterá depois ?...
As instituições estão a fazer o que podem e ainda ninguém se aproximou para saber como as situações estão a acontecer... se há mais gente a pedir auxílio, ou se tudo não passa de uma fantasia, se afinal a fome de que tanto se fala não é invenção ...
Os governos deviam fazer o que nós fazemos, evitar as férias e aparecer para verificar o barómetro do tempo de espera de quem está desesperado vai para muito tempo...
Senhores ministros venham, ajudar... o Porto está com muitos casos de injustiça social... é necessário actuar quanto antes...
estamos todos a brincar com os direitos humanos...
um dia alguém nos vai pedir responsabilidades...
as crianças de hoje serão os adultos do amanhã, transportando as directrizes do presente desorganizado...
com que direito ensinamos de forma deficiente ?...
a displicência com que assistimos às irregularidades da educação cívica ...
a forma discriminatória como ainda vivemos...
a falta de recursos, com que muitos seres humanos ainda sobrevivem...
o desespero atroz, com que muitas famílias tentam criar os filhos...
a degradação galopante da sociedade actual ...
a permissividade das falhas, que quase vulgarmente aceitamos, como modernidades, mas que se reflectem na vida activa, como ciclos que já aprendemos a evitar...
a falta de visão dos governos mundiais para cauterizar a exclusão social ...
a precariedade de meios, humanos para ajudar a incluir...
a deficiente acção programada, para criar cidadãos de plenos direitos e respeitáveis deveres...
a terrível e injusta distribuição de riqueza...
a separatividade dos bens terrenos e o apadrinhamento dos favores políticos, ainda que disfarçados...
os subornos disfarçados por debaixo do pano...
a sistematização do agravamento dos impostos, sem imposição cívica e contrapartidas sociais...
a massificação dos parques habitacionais, ondulantes na sua maioria por avalanches e grupos de violência...
a falta de pudor e aprimoramento das entidades responsáveis no seu exercício comunitário...
a extorsão de direitos humanos, como reflexo da falta de amor ao próximo ...
a banalização do processo de exclusão...
e o aproveitamento do facto para brilhar, têm sido factores de apavorada responsabilidade para a manutenção da fria exclusão, que ao longo de anos tem sido aparentemente estudada, mas que não está envolvida na vontade colectiva para ser debelada, rapidamente ...
apenas bastaria que cada um daqueles que estuda o problema, para ele e sobre ele se debruçasse no sentido de o ajudar, construindo bases sólidas para uma sociedade mais justas e não fosse temporariamente apenas inquilino de algumas propostas periclitantes que de imediato são excluídas, mal de derruba o governo vigente...
a mudança sistemática de governo político, tem sido o grande e terrível causador da exclusão social...
as lutas políticas, existem como celas onde o esforço colectivo fica prisioneiro e a falta de respeito por alguns trabalhos, sérios e honestos, são deitados fora, apenas porque não foram criados dentro da cor política a que pertencemos...
por muitos motivos eivados de personalismo estúpido , a sociedade sofre e logicamente os mais fracos, são os que sofrem de forma mais dolorosa, vivendo sistematicamente na indigência e na subalternidade de um sistema deficitário...
é necessário sentir algo interiormente, como amor ao próximo e responsabilidade moral, para nos colocarmos mo patamar educador e evolutivo dum mundo que neste momento está sob a nossa responsabilidade...
por tudo isto podemos com mágoa concluir que a exclusão social é falta de responsabilidade...
adultos irresponsáveis a tentar entender assuntos de severa responsabilidade, só pode criar um mundo hostil e deficiente, no que respeita a direitos e a deveres...
a maneira desrespeitosa com que se distribui a riqueza e se planeiam as prioridades sociais e governamentais, são o espelho da opinião que tenho sobre a miséria actual...
a problemática da exclusão deve ser repartida por todos nós e será debelada a partir do momento que em que cada um de nós de forma declarada assuma a sua cota parte de responsabilidade...
façamos pelos outros um pouco e o problema começará a ser menor...
lutemos pela justiça social dentro do nosso espaço...
juntemos o nosso esforço ao esforço que já existe...
tentemos incluir nas nossas responsabilidades a responsabilidade cívica ...
não nos excluamos da mudança colectiva que tem que acontecer...
Incluir é demasiado importante... urgente... mas muito difícil.
Todos os intervenientes e estudiosos da inclusão na vida activa, revelam os mesmos receios e algum desconforto.
A sociedade não está á preparada para receber de novo os indivíduos que falham e estes por sua vez não estão preparados para serem recebidos friamente.
A falta de trabalho ou a falta de pessoal especializado, dificulta a inclusão, senão a olharmos como um plano de construção vitalício a nível humano e individual.
A recuperação de indivíduos, que temporariamente se auto-marginalizam , torna-os menos sequiosos de inclusão, por isso mesmo mais violentos agasalhando um manifesto desinteresse.
Alguns dos que desejam muito, serem reinseridos na sociedade, não se despem de algum egoísmo e agridem para se defenderem...
Em geral não têm hàbitos de trabalho disciplinado e não concorrem para o engrandecimento de si próprios.
Por sua vez, a sociedade explora o propósito, não permitindo o retorno à normalidade, de indivíduos, que, se forem ajudados, mais tarde se mostram úteis e muito responsáveis.
A vitimização, por parte de alguns, que se demoram mais tempo em regime de exclusão, leva-os a aceitarem como vitalícia a forma subsidiária de viver... não progridem e se revelam contrários a todas as regras de sociabilização.
Actualmente, não só os indivíduos sem escolaridade estão excluídos, mas já começam a acontecer os casos de indivíduos com escolaridade obrigatória e outros com frequência de cursos superiores a temerem a exclusão... porque o mercado de trabalho não os aceita, gorando todas as possibilidades de realização.
Palmilhar um caminho árduo de autopromoção a nível universitário e mais tarde não encontrar espaço onde aplicar o que aprendeu, é muito preocupante e conduz a auto estima a situações de verdadeira catástrofe.
Lamentávelmente, a droga, o álcool e o suicídio, tem finalizado alguns casos de que tomamos conhecimento.
É essencial que os governos se debrucem sobre a exclusão, a estudem com caridade e inteligência, para aprenderem a falar de inclusão.
A desestruturação, quiçá a morte da célula familiar, tem sido também a grande responsável pela exclusão atirando para a rua, principalmente os homens e mais tarde os filhos jovens do sexo masculino, já que as mulheres e os jovens do sexo feminino são praticamente ajudadas pelos outros familiares.
Se todas as religiões se despreocupassem da intenção de criar prosélitos e apenas educassem as atitudes de cada um, estariam a contribuir fortemente para a reeducação familiar evitando assim a proliferação de tantos pólos fomentadores dessa mesma deseducação.
Sendo que, as instituições são o espaço que mais perto e mais rapidamente chega junto dos que mais precisam de apoios, deveriam fomentar encontros sistematizados e na
temática educacional, para que, assim e em conjunto, prestassem à sociedade relevantes serviços que focassem essencialmente o crescimento moral e cívico da mesma.
Sem futurismos exacerbados; - se em breve os governos não se debruçarem de forma agressiva sobre a exclusão, no sentido único do não alastramento da mesma, em breve terão muito que lamentar.
Teremos muito em breve um país envelhecido, sem braços para trabalhar, sem imaginação e sem critérios de escolha.
Tudo isto nos tornará mais dependentes economicamente de outros países...
Portugal aprenderá que viver, será bem mais difícil... para não falarmos na aculturação da sua génese, que inevitavelmente, acaba por esquecer as suas origens adaptando-se ao meio importado de forma tão irresponsável.
Quem sabe se a inclusão, não passará também por uma educação a nível governamental e uma revisão mais apurada dos programas eleitorais que nada trazem de novo e se desviam sistematicamente dos oibjectivos e necessidades nacionais, evocando fundamentos em recursos inexistentes ou desculpismos económicos atribuídos ao relacionamento europeu.
Descomandados na arte de inserir é urgente que o façamos para tomarmos o leme de tudo isto.
Como dizia Confúcio “educai as crianças!, para que mais tarde não tenhais que castigar os homens”.
Uma sociedade mais próspera e feliz, não pode sistematizar a inclusão.