para nos aproximarmos ... e para abandonarmos alguém...
para nos lembrarmos de aparecer ... e para nos esquecermos de chegar...
para abraçarmos ... e para ignorarmos os abraços...
mas, até que ponto, nós conseguimos mesmo ignorar quem mora a nosso lado...
que crises, que sinais, que envolvimentos estão no ar para que não consigamos perceber que alguém está gritando, chorando, para que nós nos apercebamos de que essa pessoa precisa de auxílio...
no âmbito das suposições e das aquisições humanizantes, existem pessoas no mundo que não enxergam nada diante de si, senão a si próprias...
existem outras que estão constantemente a ser alvo das ameaças emocionais, que dia a dia bordam o consciente e o inconsciente de todos nós...
nesse pantanal de emoções descontroladas, que forma o oceano colectivo, o ser humano não se detém , mas procura sofregamente o que de mais emocionante e mais versátil se está a oferecer a nível emocional e mental, material e até espiritual, esquecendo-se de que o campo das emoções é um trabalho de todos os dias, de cada hora... e que deve ser discutido ao mais alto nível ( a compreensão mútua)...
sem desejos não há amor a crescer...
do desejo de vencer, nasce o amor pelas coisas , pelo próximo...
do desejo de alegrar, nascem as grandes obras e os grandes génios...
do desejo de agradar, nascem as grandes amizades, e os gratos amores... quem sabe as tórridas paixões ?...
do desejo de viver, nasce a grande muralha que se chama evolução e o grande pilar que se chama humanidade...
dentro de cada um de nós de forma mais ou menos visível, sempre se encontram razões para as nossas atitudes, mesmo que elas saiam fora do que consideramos razoável...
resta-nos portanto considerarmos as nossas atitudes dentro dos limites do respeito pelo próximo e verificarmos até que ponto estamos a magoar os outros e de que forma nos movimentamos neste mundo, onde, quer queiramos quer não, estamos todos na dependência dos demais...
viver sem angústia, é o desejo de toda a gente... e sermos mais honestos deveria ser o ponto forte da vida de cada um de nós...
invocar de Deus a perseverança e a tolerância, como conquistas fundamentais, para que a nossa vida, de braço dado com a vida dos outros, possa ser, afinal, um ponto de honra para todos nós , vibrando em amor pelos demais e respeitando a grande atmosfera humanizante, composta pelo respirar vibrante daqueles que adormecem e despertam com o coração pleno de amor...
se tudo tem uma razão de ser... vamos dar então uma razão mais forte ao AMOR...
mas por incrível que pareça, a chuva sempre vem beneficiar alguém ou algo quando cai diluída e mansa...
os veraneantes é que não estão muito de acordo e todos os que de algum modo resolveram eleger o mês de Agosto para férias devem estar um pouco incomodados...
vinha eu embalada neste pensamento e silenciosamente observava a chuva que me recebeu mal pus os pés fora de portas...
ao aproximar-me da cidade grande, penetrei num ambiente de mistério…
olhando de frente todas as janelas, que de certa forma fechadas, denunciavam o final de semana, penso eu que lá dentro ainda deviam estar a descansar…
hoje a cidade de granito, se apresentava ainda mais cinzenta, coberta pela pluviosidade que a envolvia, forjando um manto fino e transparente, parecendo até que queria propositadamente parecer mais casta e que se vestiu para noivar … tão branca e fria estava a cidade…
olhei o céu e perguntei porque chorava...
o céu não me respondeu, mas ignorando o silêncio, perguntei a Deus se o pranto que envolve os seres da Terra, subindo gota a gota, seria parecido com o manto fluido que me era dado observar...
quis sentir o panorama emocional que abrangia o meu Porto e recuei...
eu sabia de cor o pranto de quem não tem dias de coisa nenhuma, vivendo como se os dias fossem sempre iguais, sem cor, sem brilho, sem perspectivas e sem amor...
eu sei de cor o pranto que a cada momento sobe como oração nos leitos dos hospitais de onde apenas se recolhe dor e um abafado gemido... chegada que está a hora, para que, talvez com menos dor lhes seja possível observar a Terra de outro plano...
eu sei de cor o pranto de quem despertou de olhos molhados, denunciando a solidão...
entendi também que com a chuva, os bancos de jardim ficarão abandonados...não poderão receber os namorados e os velhos que já não namoram porque perderam o brilho no olhar…
as pombas voarão em outro sentido... talvez porque os pardais que as convidam ao desafio, estão também eles abrigados nas copas das árvores que nesta altura do ano se oferecem frondosas e perfumadas...
já no ventre da cidade... a mesma imagem de sempre... um jardim que se oferece como cama de vital necessidade a um sem abrigo... que por acaso conheço de longa data...
voltei atrás no tempo e lembro-me deste homem quando chegou à cidade e o informaram que no Coração da Cidade podia alimentar-se...
nesse dia entrou calado e observador...
ao entrar parou de repente diante da imagem de Jesus que tínhamos colocado na entrada do nosso pequeno refeitório e que outros sem abrigo veneravam e olhavam, com respeito...
o homem que hoje dormia no jardim onde é habitual encontrá-lo , olhando Cristo nos olhos endereçou-lhe insulto vigoroso e deixou no ar angústia e pesar pela forma odienta com que Lhe tentava imputar as culpas da sua situação..." - - sempre te encontro... até aqui me esperas"...
falei-lhe de modo brando e perguntei-lhe que mal lhe tinha feito o Mestre de Nazaré... e ele de modo irado e decidido culpou o Cristo por não ter feito o suficiente para que não houvesse fome no mundo... e não quis falar mais sobre o assunto... recusou-se a comer... parecia incomodado e partiu...
não mais se separou do Coração da Cidade ao longo destes 12 anos...
hoje ao olhá-lo no jardim, dormindo como se estivesse na melhor cama do mundo, pedi a Jesus por ele... mas sei que ainda dormirá no chão durante muito mais tempo... porém acredito que embora a má disposição de que se reveste constantemente, haverá algures alguém que o amará... quem sabe um anjo condoído da sua sorte...
a cidade alheia a este e a outros dramas que se estendem por aí e que nem mesmo a chuva consegue ocultar, pelo contrário quando o céu chora são mais vivos e mais cruéis os dramas de quem não tem tecto... o drama de quem não tem ninguém...
se os pássaros ainda se podem abrigar na copa das árvores… ao ser humano nem isso é permitido... por incrível que pareça, a quem nada possui só lhe resta mesmo o chão... ironia do destino...
se Deus tivesse dado ao homem asas para voar, pelo menos árvores não faltavam para que os homens descansassem...
o Arquitecto Divino ainda tem muitos espaços erguidos, verdes, frondosos, de várias fragrâncias, espalhados por aí, mas só servem aos passarinhos e mesmo assim, o bicho homem ainda não satisfeito derruba alguns deles para construir espaços de betão para quem pode dormir longe do chão...
só Deus mesmo, para suportar tanta impiedade...
talvez por isso mesmo chova fora de tempo e o tempo nos comece a ensinar que o homem não domina tudo ... não domina todos... nem durante todo o tempo...
mas ao entrar na cidade não pude esquecer aqueles que são meus irmãos de luta e que estão de férias para um merecido descanso e de quem já tenho saudades... eles são a minha energia, a pinha paz, a minha mais predilecta melodia, ao lado dos quais vivencio as mais belas lições de solidariedade ...
para eles e para todos... embora a chuva ... boas férias ...
porque se escondem meus medos , que de mim fazem servo constante ?...
por onde peregrina a nossa coragem que na altura de estar presente, parece ausentar-se como se pressentisse que a qualquer momento terá que intervir ?...
os medos medonhos que todos os seres humanos carregam, vêm visitá-los de vez em quando, parecendo medir força com a gente ...
dizem que os medos se vestem de negro...
será ?...
hoje em dia os medos serão os mesmos?...
dizem até que determinados medos foram alojados no nosso inconsciente pelo incrustar constante de fantasmas que as diversas religiões foram impondo, ao invés de libertarem o ser humano e concorrerem para que fossem mais felizes as almas que ao seu cuidado se colocaram...
os medos não passam de patamares de ignorância, por onde ainda transita o ser humano.,.. mas, no entanto não deixam de estar presentes na nossa vida, mesmo na vida de quem se pensa acima do conhecimento comum... daí depreendemos que não é fácil arrumar os medos...
de uma forma ou de outra ,os medos moram connosco...
os que conseguem viver sem deixar transparecer os medos, avançam com mais facilidade...
os que não são capazes de conviver com eles. vão procurar ajuda especializada para os conseguirem entender e ultrapassar...
os que não conseguem falar dos seus medos, porque na maioria os tomam por pecados inconfessáveis ou entram em depressão ou se atiram inadvertidamente pela porta do suicídio, parecendo até que os medos são um caminho sem volta...
a felicidade do ser humano é tanto mais concreta , quanto mais fácil se torna ultrapassarmos a barreira do medo...embora não sendo fácil não é impossível...
os diversos espaços de medo e até de terror, prendem-se com os chamados desvios palpitantes que cada um de nós traz consigo, a reboque da última reencarnação...
são os medos mais lactentes e por vezes mais assustadores... mantemos esses medos em relação a nós e até em relação às pessoas mais queridas e que privam de mais perto connosco...
o desapego à matéria e o estudo sistematizado das diferentes parcelas espirituais, onde é possível perceber que afinal nós estamos na Terra apenas de passagem e que tudo o que nos rodeia é quase irreal e perecível , nos arrancaria metade dos medos, que muitas vezes se revelam em princípios de frustrações incontroláveis e perfeitamente definidas em nossa vida...
o medo de amar, por exemplo, depois de termos sido sujeitos ao desencanto...
a frieza inultrapassável perante a dor ,depois de termos sido abandonados, que nos torna cada vez mais possessivos em relação aos demais, principalmente aqueles que são objecto da nossa afeição...
o medo de acreditar em alguém, depois de nos terem mentido...
o medo de adoecer, se por acaso em outra vida fomos deixados ao abandono da cura ou isolados sem assistência médica...
o medo de estar , ou de adentrar um espaço escuro... que nos mostra isolamento ou desencarne violento e incrivelmente doloroso... quer acreditemos ou não que existimos em outras vidas...
o medo de se perder alguém, prende-se muitas vezes com um nascimento desesperador, ou provocado por uma acção abortiva ou provocado por forte pressão ao abandono enquanto crianças...
o forte sentimento de culpa, por uma ou outra razão, quase inexplicável deve-se ao facto de não nos perdoarmos a nós próprios, depois de termos sido responsáveis por uma acção menos justa...
a fome a que fomos sujeitos, provoca também em nós o medo de não ter alimentos e também a avidez quase mórbida por nos alimentar-mos constantemente...
mas também o medo de se alimentar , que desce vertiginosamente para espaços de anorexia e bulimia... vem a ter espaços de acção e reacção no esquecimento de si próprio em outras vidas e no carregar constante de sentimentos de culpa dos quais não consegue desviar-se...
se não gostarmos de nós, ninguém gostará...
é urgente que nos sintamos em nós e gostemos de nos observarmos, tal qual somos, para nos presentearmos com mais e melhor aperfeiçoamento no campo dos medos , onde quase tudo pode ser ultrapassado se for devidamente esclarecido e acompanhado...
fale diante do seu espelho e fale consigo... cara a cara... fale do que tem medo e peça ao rosto do espelho ( que é seu) que lhe diga , porque está tão pesaroso...
estabeleça este franco diálogo e observe as suas características faciais a mudarem gradualmente, como se o outro ( o do espelho) não fosse conhecido...
adiante que gostaria de mudar e use esta terapia pelo menos dia sim dia não, para que aprenda sem rodeios a falar de tudo o que não gosta e que mora dentro de si ... nesse esconde, esconde , está o responsável por esses bloqueios que não lhe permitem uma vida saudável...
aventure-se... viva tudo o que não viveu, com prudência e sem medo de ser condenado por Deus...
Deus não condena , nem premeia...
as leis são universais e estão perfeitamente estabelecidas desde o início da vida e a elas estamos sujeitos inevitavelmente...
o bem e o mal se constituem arguidos num processo a que se chama karma colectivo e aí ,em todo o movimento universal os nossos movimentos individuais têm um papel muito importante...façamo-nos portanto adeptos do bem, do bom e do belo...
quando assim nos colocarmos , veremos que ter medo de nada vale... afinal ninguém se estabelece na Terra para sempre...
tudo é passageiro e o que interessa é fazer o bem que se pode e o melhor que soubermos sobre todas as coisas...
a vontade de acertar também destrói os medos que há em nós...
se formos pouco a pouco reduzindo o egoísmo os nossos medos se desalojam e libertos vamos evoluir mais rápido e melhor, intuindo da fonte de sabedoria tudo quanto for necessário para a nossa evolução...
brilhar é o nosso fim... como se fossemos estrelas na noite dos medos...
desenhemos um arco íris de esperança e saltemos para o palco da vida.,.. sem medo...
eternamente apaixonados por tudo o que há para realizar e por toda a gente...
agora descanse.. arrume as suas ideias e deixe-se embalar por um gostoso repouso... sem medo de sonhar...sem medo de amar livremente... sem medo de se apaixonar...
ame acima de todas as coisas e lute para ser feliz...
o medo esgota-se quando na sua vez cresce a esperança...
Entre o correcto e o absurdo, o mundo perdeu-se na abstratividade, iludindo a razão, fugindo à essencialidade da vida, pensando que assim unia o céu à Terra.
No entanto, na vida perdeu-se o fundamental, que tem vindo a crescer assustadoramente: o respeito pela vida humana avolumando os grupos de miséria numa extenuante odisseia onde o consumismo tem um lugar primordial que, não dando tréguas, engole desesperados aqueles que, esquecidos no seio de tanta confusão, se sentem filhos de um Deus menor.
Os crentes aproximam-se de Deus, os pagãos insistem, por vezes, no pragmatismo exagerado, os pobres revestem-se de propositada esperança e ficam à espera sem que, para tanto, tenham a possibilidade de reagir.
Multiplicam-se insistentemente as instituições de apoio.
De tempos a tempos, o mundo, após uma catástrofe qualquer, reveste-se de uma onda de altruísmo. Desobstruída a mente pelo impacto da dor, renovam-se promessas de comprometimento que, a médio prazo, não mais se cumprirão.
Tudo fica pelo caminho! Apenas subsiste o que, construído por amor e plenamente escudado no respeito profundo pelo sofrimento alheio, permanece sem esperar recompensa, nem protagonismos habituais ou males esporádicos que não sejam aqueles que, habitualmente e a seus pés, poisam pedindo diariamente arrego.
Mas, como em tudo, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. As novas tecnologias resolvem o mercado de trabalho, tornando-o mais célere e mais uniforme e, neste complexo da modernidade dos tempos, baixam braços, dispensam-se experiências construídas paulatinamente no tear dos tempos que, vertiginosamente, avolumam o pantanal da dor onde toda a espécie humana, que não tem lugar, aporta obrigatoriamente.
Respostas ninguém as dá; surgem as tecnocracias, as autodidactomias, estudam-se os perfis tórridos dos que gravitam na desprotecção, dividem-se as opiniões quanto a prioridades. Ao mesmo tempo multiplicam-se os necessitados e, quando parece conclusivo o processo de resolução, verifica-se que não é a resposta adequada.
Os mais pacatos ou pacifistas desnudam o problema noutro sistema filosofando sobre o assunto, tentando roubar nesgas de subconsciente como se imitassem na letra, pedaços da alma que não vivenciaram.
As sociedades conferem as vontades, os médicos referem novas psicopatologias, os políticos insistem dizendo que têm soluções e aportam, como todos, num mar de indecisões que se transferem continuamente. Por último, a demagogia enfeita os discursos daqueles que de desemprego, fome e miséria, nada percebem.
Tudo continua à espera que um milagre aconteça e venha entretanto favorecer os que precisam; por isso mesmo, não é de estranhar que os mais incautos se afoguem num mar imenso de promessas e que se deixem arrastar para o precipício do fanatismo e, em simultâneo, de crença em crença, desvirtuam-se credos e proliferam estonteantes e dogmáticas parlapatices destituídas de fundamento. Os charlatães estabelecem-se à revelia de qualquer lei. Projectam-se opiniões teosoficamente incorrectas avolumando também, mais um pouco, o descrédito e concorrendo, por sua vez, para a já paupérrima e incontornável miséria humana, que transparece na ignorância daqueles que utilizam Deus e a espiritualidade, do mesmo modo que mercadejam na Terra.
Sem demérito no crediário popular, o apego ao bem tem favorecido de uma forma oculta e perfeita a caridade expontânea, a entre-ajuda que, mesmo não dissipando, sempre alivia um pouco a dor.
Afinal, o que falta neste palco de revelações instantâneas e de difícil solução?... muito simples: educação desde o berço, respeito pela educação infantil, respeito pelo desenvolvimento juvenil, tolerância pelo desenvolvimento humano para que, em todos os meios, seja o amor a garantir as fundações de uma sociedade mais justa, abraçando, assim, a espontaneidade do sistema de acções, de benemerência que são urgentes instituir sobre a Terra.
A célula familiar que os entendidos dizem defender, é falseada por um conjunto de atitudes contrárias à própria educação. Isto acontece quando se aprova, aceitando a antítese do que deveria ser o sistema educacional, por omissão de opiniões, ombreando com a permissividade, quando se dificulta o trabalho daqueles que se doam aos outros e que se interessam, viva e activamente, pelo meio em que estão inseridos e que, se fossem apoiados, constituiriam pólos vivos de crescimento porque, internamente, habitam numa psicologia nova à qual acrescentam o amor pelo ser humano. A isto podemos chamar de real vocação, em tudo inspirada pela mente divina, que tudo aproveita para o engrandecimento da vida em toda a sua plenitude.
A economia mundial não está preparada para funcionar emocionalmente. Com uma mente absolutamente numérica, enferma de irracionalidade e retira sempre aos mais necessitados a possibilidade de uma vida mais digna. Mas, no entanto, aparentemente, adentra pelas reformulações que, apenas no papel, mostram dados de alguma sensibilidade.
Na acção, rapidamente nos apercebemos que os números dessa mesma economia, apenas conseguirão subir o número dos excluídos.
Na generalidade, aceitamos que todos os seres são iguais aos olhos de Deus, mas ainda não o são aos olhos dos homens.
Têm os mesmos sonhos, desejam ser felizes, aspiram a situações de dignidade, projectaram para eles e para a sua geração uma vida melhor. O tempo vai guardando algumas vontades e verificamos que alguns não conseguiram sonhar... outros, estiveram muito perto de concretizar o seu sonho.
De repente, tudo mudou. O mercado de trabalho rejeita-os, a sua alma começa a desenhar negros e crepusculares horizontes e hoje são mais um rosto na linha da pobreza.
Cada ser humano é único na sua morfologia, mas mais único ainda na sua personalidade;por isso mesmo encantador, o que não lhe basta para que o reconheçam e o conduzam assim, ajudando-o através dessa singular honestidade projectada na mente divina, que apenas é acoplada ou desestruturada pelos seus desejos e capacidades.
Na actualidade, vamos descobrindo novos sonhos, novos rostos trilhando a linha da pobreza, caminho este, até há bem pouco tempo, inimaginável de trilhar.
Todos entendemos ( loucamente) que a pobreza pode passar e parar à porta do nosso semelhante, mas nunca à nossa porta.
Hoje em dia, a pobreza já não sofre o cunho da hereditariedade, mas aglutina-se inversamente, surpreendendo por onde passa, chacoteando situações e posições outrora socialmente tidas como estáveis e hoje apopléticamente destruídas e atiradas para um canto, como num bailado dantesco onde, todos os que valsam acabam sangrando deitados ao chão.
Ainda assim, continua a ser o Amor a possibilidade que todos têm ao seu alcance, balanceado ao ritmo humano mas, no entanto, através duma melodia divina que a todos embala docemente para que se concretize no tempo a solidariedade necessária, no sentido de que, todos aproveitemos evoluindo, dando e recebendo harmonia em comum.
Dessintonizados que estamos dos propósitos divinos, retiramo-nos das nossas tarefas subjugados pelo egoísmo, submetendo os demais ao nosso jugo, sem percebermos como sofrem aqueles que, não tendo as nossas reais possibilidades, têm que esmolar auxílio.
Não sendo auxiliados em primeiro mão, não podemos dizer que o solicitem porque, quando conseguido esse auxílio, tem exactamente o cunho de esmola de tão doloroso trânsito.
O Coração da Cidade, projectado no tempo, não estende os braços para dar esmolas, mas apenas para servir correctamente os propósitos divinos - ajudar sem humilhar - não dificultando a ajuda, dando de graça porque de graça recebeu a possibilidade de servir, ajudando preferencialmente com a qualidade que tem para si, elevando a auto estima àqueles que precisam.
Não faz diferença de si e dos outros, transporta-se transportando os que precisam ao ritmo da alegria e do bem estar, incentivando-os a caminhar em frente.
Sem demagogias ou fanatismos, mas aproveita nos outros o que eles possuem de melhor, para que não sejam, como é vulgar ver-se, homens que se arrastam como restos humanos, de quem ninguém fala, a quem ninguém ama e por quem nada se faz.
Os critérios usados em apoio social, parecendo, não são os mesmos para todos, pelo menos constitucionalmente, nem todos estão sentindo os seus direitos perfeitamente instituídos. Deles não têm conhecimento nem deles aproveitam.
Projectando um apoio social optimizado num método visando um futuro menos difícil para os que precisam e mais aliciante para os que podem trabalhar em prol de situações difíceis, como voluntários activos, o Coração da Cidade apresenta-se a cada dia com: NOVAS IDEIAS ou seja NOVOS GESTOS de solidariedade para um novo rosto de pobreza que começa a desenhar-se assustadoramente.
Não nos será possível operar nos moldes habituais no que concerne à ajuda fraterna aos mais carenciados.
Não apadrinharemos mais a sobrevivência, mas trabalharemos a par com outros parceiros sociais, que queiram lutar connosco, para que a auto estima de quem vive amarguradamente, seja possível de acontecer.
Trabalharemos na expectativa de algo conseguirmos, que nos possa ajudar a negativização dos focos de pobreza existentes.
Lutaremos na perspectiva de assegurar que novos rostos de pobreza não surjam.
Como o rosto da pobreza se está definindo através da nova linha da pobreza decorrente do desemprego acelerado e insistente, também os contornos de ajuda devem ser acelerados e insistentes e demasiado activos.
Por tudo isto e não só, o Coração da Cidade oferece as novas instalações, com a qualidade e o aspecto de um espaço com dignidade, onde o luxo passa exclusivamente pelo bom gosto, para que, quem aqui possa permanecer, não se sinta demasiado assistido por aparências de ancestrais métodos que teimam em prevalecer.
Aqui podemos encontrar
Um espaço de recepção acolhedor
Um imediato apoio das necessidades essenciais
Socorro permanente à solidão esquecida
Triagem construtiva com referenciais concretos de ajuda plena
Bolsa de emprego com caracter de urgência
Concretização material de enxovais até á idade de 12 meses
Tratamentos de higiene pessoal e cabeleireiro
Serviço de rouparia , sapataria e ménage
Acompanhamento pessoal aos mais idosos sem apoios
Serviço de ajuda alimentar no seio familiar
Apoio médico de enfermagem e medicamentoso
Formação e treino/estágio e acompanhamento de novos voluntários oriundos de várias escolas e faculdades
ainda os cravos da liberdade se mantinham rubros de tanta frescura, duma vitória nunca imaginada e já despertava o dia 1º de Maio, lembrando a todos nós que o trabalho é a maior das heranças e a melhor das riquezas...
passaram 34 anos dos anos da época da repressão ...
como distantes estamos das lutas secretas em que nos envolvíamos , para perceber onde parava a liberdade de que íamos ouvindo falar, nas vozes clandestinas dos rádios portáteis que escondíamos ...
mas, com tantos anos passados e agora respirando liberdade !!! ???, estamos de novo presos... mas, de aflições que nunca imaginamos vivenciar novamente...
neste dia em que a palavra TRABALHO está passando de boca em boca, muito embora digam que o desemprego baixou, é alarmante e desumano tanto trabalhador sem trabalho...
esta guerra surda, que tem sido fomentada e escandalosamente consentida por quem governa, apenas e só, porque o ajuste económico está muito acima dos interesses das classes mais desfavorecidas é dificil de aceitar... mas todos aceitam...
neste momento, é pertinente perguntar se o Sr. Primeiro Ministro, ou mesmo o Sr. Presidente da República, mormente alguns deputados, têm a noção exacta das dificuldades porque estão passando alguns portugueses...
este escândalo humano e governamental, não deve apenas ser atribuído ao governo actual... seria injusto se assim o fizéssemos ...
este holocausto surdo, tem sido alimentado pelos sucessivos governos, em virtude da preferência que atribuem, descaradamente, às pressões económicas onde estão inseridas opções contratuais que apenas colocam em melhor posição os que já têm uma posição confortável ...
hoje , como antigamente, existem duas classes, os pobres e os ricos, todos sabem, que assim é... as margens estão a separar-se cada vez mais e todos juntos estamos assistindo à derrocada da classe trabalhadora que desistiu de lutar...
os administradores das empresas são pagos a peso de ouro para reprimir...
o próprio estado coloca ao seu serviço, trabalhadores com contratos precários despedidos sem dó nem piedade...
a liberdade não passa de um filme de ficção que não interessa rever... e muito menos tornar real...
enquanto aquele que trabalha não se unir de verdade e lutar pelos seus direitos da mesma forma, que quem manda lhes exige os seus deveres cumpridos, nunca chegaremos a lado nenhum...
escravos duma pesada tributação, dificilmente chegaremos a dizer que somos livres...
a alimentação, sofrerá este ano pesada tributação , os alimentos vão escassear e as instituições de solidariedade social, serão como há 60 anos atrás o espaço que se reserva aos miseráveis...
económicamente estamos debilitados, mas mesmo que este governo seja substituído, não tenham a ideia de que algo vai mudar...
as guerras partidárias , nunca têm por detrás os interesses das classes desfavorecidas, mas sempre defendem de forma camuflada, as chefias e os postos de comando onde todos querem chegar...
a injustiça social é um fardo que todos dizem não querer carregar, porque já pesa nos ombros de quem fielmente trabalha e de quem nada tem de seu...
Victor Hugo, teria material suficiente, para dar sem muito esforço, curso real à sua obra " Os Miseráveis" , que neste século, podem bem ser ajustados à sua obra memorável...
hoje, dia do Trabalhador, O Coração da Cidade vai acompanhar em marcha, aqueles que nada têm ... as pessoas sem abrigo... até saírem da cidade do Porto, pois que eles pretendem ir até ao santuário de Fátima levar a sua causa...
nós, os voluntários do Coração da Cidade,estamos com eles, porque com eles vivemos o ano inteiro...
ao longo dos 15 dias de peregrinação estaremos sempre ao seu lado, prestando todo o auxílio de que carecem...
disponibilizamos um camião fechado para que tudo quanto precisam esteja ao seu alcance... dormida, descanso e cuidados médicos...
hoje não fique em casa, saia para a rua e entregue de forma solidária à causa que é de todos... a justiça social...
uma história que define bem, a pobreza de cortinas de renda como nós a entendemos...
estas famílias têm que ser adoptadas e sempre que nos contactam, damos a nossa resposta no mesmo minuto ...
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Há alguns dias alguém me disse que talvez eu nunca tivesse sido feliz ... Não disse sim nem não . houve momentos muito bons e outros tão tristes! Minha filha acaba de vender a única jóia que lhe ofereci , foi a prenda dos seus quinze anos , uma pulseira que comprei ainda era solteira e paguei aos poucos com muito custo. Vendeu-a para pagar uma das muitas dívidas que temos. Estamos sem trabalho , ela actriz , encenadora , a correr de um lado para outro em busca dos sonhos , 31 anos , muita luta , e cada vez mais dificuldades. Eu acabei de fazer 54 anos , um casamento desfeito , 27 anos a viver em Portugal , anos e anos longe dos meus ... Três filhos , o mais velho deu-me três netos , alegria de minha alma . Lutei muito , tranbalhei no balcão , enfrentei cozinhas , vendi perfumes , limpei casas , De repente , a separação , voltei a estudar , entrei para a rádio ainda no tempo da pirataria . Organizei e promovi grandes shows ,muitos nomes sonantes da MPB e da MPP. Viagens , alguma fama . Em 94 , aos 40 anos um infarte , desemprego , trabalhos temporários ,lutas , muitaslutas , era preciso levar o barco a bom porto . A saúde cada vez mais comprometida . Em 95 , meu companheiro adoece , operação de alto risco , problemas ,está com baixa até hoje... Não mais recebe o subsidio , a firma fechou , não tem direito ao fundo de desemprego, tem 57 anos , 40 anos de descontos , recusam-lhe a reforma a não ser que aceite a redução em 37%. Vou fazendo promoções nos hipers... vendo bem .
Escondo as lágrimas quando subo as escadas e o peito doi , a médica já disse que não posso pegar em pesos , quanto pesa uma caixa com 12 garrafas cheias ? Incontinência ,dez anos de sofrimento , falo ,peço , imploro , consigo finalmente convencer a medica a operar-me , muito medo ... Correu bem , já estou em casa , mas tenho pela frente mês e meio de repouso , senão não garantem o resultado. TODAS AS CONTAS estão vencidas , mando cartas pedindo clemência ,tenho a despensa vazia ,estou sem remédios e não tenho Trabalho... Bate o desespero , não choro . a síndrome secou lágrimas e saliva ... Estou só...Tenho Deus , tenho fé , mas já nem sei se me ouve , há tantos a sofrer e muitos bem sei , muito mais do que eu. Hoje encontrei a resposta para uma questão que sempre fiz , por que aspessoas vivem na rua ? Jamais pensei sentir-me tão derrotada , falhada , mas acima de tudo envergonhada. Daqui há um mês vou regressar a luta , sei que irei em frente . Desculpem , mas hoje precisava falar e só encontrei vocês
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ler este desabafo, faz-nos pensar o mundo em que estamos e as dificuldades enormes porque passam tantas famílias neste país...
histórias de vida como esta deviam ser analisadas e pessoas assim, que trabalharam e se esforçaram por viver honestamente deveriam ter ajuda capaz , de modo a retirá-las do sofrimento em vivem...
por isso O Coração da Cidade necessita de ajuda...
ontem pela tardinha um telefonema para o meu número particular, retirou-me por momentos dos problemas, que com alguma trivialidade têm que ser enfrentados...
fazemos parte de um todo onde as coisinhas que se repetem têm que ser cumpridas e são extremamente necessárias, para que a engrenagem desta vida de marinheiros não pare e sempre possamos enfrentar a ondulação, que mais hora menos hora, se apresenta em franca tempestade...
no que diz respeito às tempestades emocionais, todos mais ou menos, enfrentamos de vez em quando, uma ou outra, que conforme a nossa capacidade vamos contornando, o importante é nunca deixar de lutar...
mas como estava contando, ... toca o telefone... uma voz bonita e suave leva-me atrás no tempo:
- olá lembra-se de mim...???????????
-sabe quem sou ??????????
- sou a M.........
e vai daí, traz à minha memória a mulher menina, belíssima e de olhos muito vivos, que um dia, debaixo de uma dose fortíssima de heroína, quase me ficava nos braços...
o mundo tinha vencido a sua luta de mulher abandonada por um amor, que ia e vinha como as ondas da praia , que flutuava diante dos seus sentidos e o qual ela nunca conseguia alcançar...
mas, no dia em que ele chegou mais perto, ela sem se aperceber tentou salvar e com ele se afogou... lutou e mergulhou já sem forças, no mar onde a droga estraçalha aqueles que lá vem buscar a inacção e o torpor...
nunca facilitou a sua ajuda... mas sempre aparecia com um sorriso, mesmo quando era agressiva ...
mudava de personalidade em segundos... e do choro convulso passava à agressividade mais pura e de imediato à necessidade extrema de um abraço e agradecia , cumprindo o ritual do mundo ... partia dizendo sempre: -obrigada...
durante algum tempo fez as refeições na instituição na Rua do Bonjardim e hoje ao telefone recorda esses tempos, porque foram os tempos da sua juventude...
sem mágoa, pronunciou o nome do namorado que já não está entre nós ... partiu com uma pneumonia ...
parou de falar... percebi que chorava do outro lado da linha...
- então ????...!!!!! perguntei eu ... para quebrar o choro...
-afinal porque ligou para mim?... posso ajudar ?...
- pode sim, falar consigo é tão importante para mim... já não me vê há muitos anos , estou mais velha e agora já não posso ir ter consigo, mas uma amiga, deu-me o seu número, perdoe por eu estar a ligar, mas precisava de ouvir a sua voz...
.................... parou novamente e de repente saltou para a descrição que me gelou...
- estou em casa, amputaram a minha perna e estou com SIDA... está foi a herança que me deixou a droga... estou numa cadeira de rodas e faço tudo com muito custo... ajudam-me com uma refeição por dia , mas não posso comer mais nada, porque não tenho... pode ajudar-me pelo menos com leite...
-claro que sim... diga tudo o que precisa... mas fale si...
- se eu pudesse desistir... já o tinha feito... o que ando aqui a fazer... mas sabe... quando penso em fazer um disparate, não consigo ...e sempre encontro força para ficar quieta... estou mais calma e agora a vida obriga-me a pensar nos erros que cometi...fiz muitos disparates...
fiquei a escutá-la durante alguns momentos e preferi fixar-me numa imagem bonita de quando ainda muito jovem, se apresentava com os cabelos ao vento, vendendo juventude à vida que passava sôfrega de amor e emoções fortes...
prometi que a ajudaria... deu-me o número de telefone...
passavam mais ou menos 30 minutos e ela já recebia tudo o que lhe fazia falta e a visita de duas voluntárias do apoio social...
foram encontrá-la num anexo minúsculo de uma ilhazinha do Porto, perto dum quintalzinho , movimentando a cadeira de rodas com muita dificuldade...
recebeu com alegria o que lhe enviamos e ficou feliz... pôde desabafar mais uma vez olhos nos olhos com as voluntárias de piquete...
prometemos voltar ... a nossa mulher heroína ... prometeu não desistir...
registamos o seu nome e morada,como apoio ao domicílio , que cumpriremos religiosamente...
Deus fará o resto...
nas nossas mãos, ficam apenas as possibilidades limitadas da condição humana...
o grande esforço está na mão dela, que espero aconteça...
hoje retomamos o curso normal de vai e vem de alunos e professores...
seria bom que os alunos não regressassem às aulas pela passadeira vermelha , mas que se colocassem de uma vez por todas com os olhinhos abertos e os ouvidos à escuta para tudo quanto se vai desenrolar em matéria de ensino e educação...
os comentários serão mais que muitos e todos nós sabemos que se dermos largas à imaginação até onde pode ir a violência juvenil...
quando noticiaram a falta de educação de uma aluna para com a sua professora, nesse quadro doloroso que todo o mundo observou, também estava explicito de forma verbal e emocional a violência de quem impávido assistia a tudo quando pudemos testemunhar...
não foi então difícil lembrar o que aconteceu a um sem abrigo transexual " Gisberta ", que sofreu nas mãos de jovens da mesma idade desta aluna, as sevícias continuadas que levaram à sua morte...
a falta de aprimoramento moral de muitos pais, ou a falta de impotência de muitos em matéria de educação , tende permanentemente a todo o tipo de delinquência que vemos nas escolas , nas ruas e nos próprios lares...
em atendimento pessoal, tenho recebido pais, que se queixam da violência física de alguns jovens adolescentes para com eles, mas a violência inicia-se na maior parte das vezes quando o aluno inicia o seu ciclo preparatório de ensino...
não sei o que fazem os psicólogos nas escolas, nem sei o que fazem os pais em casa, mas o certo à que se está a assistir a um desarrumar de casa que ninguém quer denunciar...
temos assistido através da televisão a uma desinformação constante, no que reporta a séries televisivas, nomeadamente as de língua portuguesa que denunciam a forma verbal , mais incorrecta e violenta , sensibilizando os jovens " e até as crianças", a tomarem certas atitudes com pais e educadores, porque entendem que assim é que está certo e porque é moderno , pondo em prática todas as suas atitudes de acordo com o que vêm nos écrans ...em casa vemos as imitações perfeitas dos idolos televisivos ( gritos e expressões comportamentais) irrealistas, mas que ficam registadas no dia a dia, em dor permanente ...
tudo terá que ser modernizado... claro que sim... mas em matéria de educação estamos a voltar para traz ...
à semelhança dos caça cigarros, as escolas deveriam criar pólos dinamizadores, levando os alunos a despertar a consciência dos seus colegas para a não violência e a descobrir focos de desestabilização e violência dentro da escola...
o policiamento dentro da escola não fica mal a ninguém... e se a tropa tivesse que ir lá para dentro porque não ?...
estamos em guerra entre o dever de ser bem educado e o direito de desrespeitar tudo e todos...
está na hora de colocar a fazer serviço cívico e voluntário os alunos mal comportados... e já agora como no meu tempo... um período numa casa de reeducação não faz mal a ninguém... mas sem mordomias...
a legislação não permite que os jovens trabalhem no mercado normal de emprego, mas no entanto vemos jovens a medir força com pais e professores e com a sociedade em geral , com uma forma física bastante robusta, mas ninguém tem coragem de admitir que se esse jovem não quer estudar, então ingressa no mercado de trabalho...
trabalhar não faz mal a ninguém e não vejo onde está o aproveitamento dos jovens que passeiam os livros e tiram aproveitamento quase nulo do tempo escolar...
as comissões de pais deveriam estar atentos aos pais que de forma explicita e declarada incitam os filhos a seguir o seu exemplo desferindo nos professores todo o tipo de impropérios inimagináveis de ensinar a um filho...
é necessário estar atento e ver efectivamente de onde vêm os rastilhos de violência nas escolas e multar severamente os pais que estão concorrendo para esse tido de acções...
vejamos a escola por outro prisma... e quem paga aos prejuízos emocionais das crianças e jovens que vêm para casa aterrorizados por esses mesmos colegas e que diariamente têm que assistir a tudo o que lhes é imposto?... quem os ajuda?... ninguém... mas o estado insiste que não podem faltar e todos sabemos, que existem crianças e jovens a caminharem para as escolas com o coração apertado, porque sabem que para eles a escola não passa de um horário durante o dia que os molesta a todos os níveis...
quem por exemplo já tentou estudar a violência sexual nas escolas sobre alunos mais novos?... quem se atreveu a fazer esse exame?...
pois é... são situações que não queremos enfrentar e depois , ficamos perante a televisão escutando notícias de aliciamento, pedofilia e crime na pessoa dos mais indefesos...
à que mudar a política de ensino... quer estudar ,estuda... não quer, procura outro rumo ... e mais tarde sofrerá as consequências de tudo quanto semeou...
todos sabemos que na altura própria estaremos com mais maturidade a procurar habilitações certas...
ajudemos a juventude , mas não mostrando à juventude apenas o que é bom e moderno... ajudemos a juventude, mostrando que todos sem excepção colhem o que semeiam e que a educação como diziam nossos avós, cabe em tudo o lugar e é necessária em todos os aspectos de relacionamento...
os alunos prevaricadores, não podem regressar às aulas pela passadeira vermelha, como quem em apoteose de desvirtuamento , faz à vista desarmada o papel do regresso do herói...
pensemos madurinho e com os pés bem assentes na Terra " serão necessárias mais Gisbertas "? para pararmos com a delinquência juvenil... travando a qualquer preço a violência entre os jovens...
foi para isso que elegemos ministros... que deveriam estar mais atentos a este problema, já que ganham o suficiente para o trabalhar e senão estivessem preocupados com os assuntos de ESPIONAGEM POLÍTICA E ECONÓMICA , POR CERTO TERIAM MAIS TEMPO PARA OLHAR A JUVENTUDE DE FRENTE...